Às vésperas do apagar das luzes de 2016, o Rio de Janeiro viveu momentos de grande expectativas com a eleição do prefeito que, a partir de 2017, será o responsável pelos rumos da nossa Cidade. No mês seguinte (novembro), recebemos com grande insatisfação o dito "Pacote da Maldade", um conjunto de regras apresentado pelo governador Luiz Fernando Pezão ao Poder Legislativo, que segundo ele vai doer no bolso da população mas trará, a médio/longo prazos, um alívio nas dívidas do Estado e a retomada do crescimento. Trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos da ativa e inativos gritaram e foram à Assembleia Legislativa (Alerj) dizer NÃO à implementação de tais medidas impopulares. O Ministério Público sinalizou a inconstitucionalidade das medidas e o Legislativo, com a imediata reação dos trabalhadores, devolveu parte dos projetos para o Governo do Estado logo na primeira semana em que foram apresentados. Mas, enquanto isso, na calada da noite, a reforma trabalhista timidamente foi sendo colocada em prática. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, pretende que nas negociações entre patrões e empregados prevaleça o negociado sobre o legislado, ou seja, vale o que for negociado independente do que diz a Lei. Ainda neste contexto, existe um lobby para acabar com a atuação dos sindicatos, ou seja, impedir que os legítimos representantes dos trabalhadores negociem diretamente com os empregadores. Particularmente no nosso setor, a notícia da provável extinção da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro – SEASDH nos trará grandes baixas, desemprego e, consequentemente, a descontinuidade da política de assistência social. O ano de 2017, como se pode ver, será um ano de muitas incertezas. Um tempo de unir para fortalecer. Um tempo de grandes reflexões. Um tempo de grandes desafios.
Sérgio Antonio A. Carmo
Presidente
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