A cesta básica de alimentos do município do Rio de Janeiro, que leva em consideração um conjunto de treze produtos selecionados de modo a suprir as necessidades alimentares básicas de uma única pessoa, atingiu, em setembro, o valor de R$ 362,90, o que representou uma variação de 0,74%, na comparação com os preços observados no mês de agosto1 . Ao longo de 2015, os preços aumentaram 7,36%, e na comparação com o mês de setembro de 2014, a alta é de 11,05%.
Entre agosto e setembro de 2015, no município do Rio de Janeiro, cinco produtos da cesta apresentaram reduções nos seus preços médios, dentre os quais se destaca o tomate (-7,77%). No sentido oposto, sete produtos registraram aumentos em seus preços médios. A batata (+16,72%) foi o produto que mais encareceu, seguida da banana (+3,30%) e da manteiga (+2,28%). O preço do leite ficou estável na comparação mensal.
No acumulado de 2015, a cesta básica ficou, em média, 7,36% mais cara. À exceção do feijão, do arroz e da farinha de trigo, os demais produtos tiveram seus preços elevados. A batata e o leite, com variações de preço de 36,73% e 11,11%, respectivamente, foram os produtos que mais encareceram neste ano.
Na comparação com os preços pesquisados em setembro de 2014, oito dos treze produtos ficaram mais caros. A batata foi o produto que mais encareceu, mais do que dobrando de preço nos últimos doze meses, com alta de 137,59%, seguido à distância pela variação do preço da carne bovina (+18,22%).
Dentre as 18 capitais brasileiras onde o DIEESE realiza mensalmente o levantamento, novamente, Porto Alegre apresentou a cesta mais cara, no mês de setembro, com o valor médio de R$ 386,15. O município do Rio de Janeiro figurou como a capital com a quarta cesta mais cara dentre todas onde a pesquisa é realizada, ao registrar o valor de R$ 362,90.
Com base na cesta básica de alimentos mais cara dentre as cidades pesquisadas, o DIEESE também estima o valor do Salário Mínimo Necessário, ou seja, a quantia necessária para suprir as despesas de uma família composta de quatro membros (considerando dois adultos e duas crianças) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme estabelece a Constituição Federal. Em setembro, o Salário Mínimo Necessário foi estimado no valor de R$ 3.244,05 (4,12 vezes o mínimo vigente de R$ 788,00).
O DIEESE calcula ainda quanto tempo um trabalhador, com rendimento equivalente a um salário mínimo nacional, necessitou trabalhar para adquirir os itens alimentícios que compõem uma cesta básica individual. Em setembro de 2015, no município do Rio de Janeiro, foi necessária uma jornada de 101 horas e 19 minutos para adquirir uma cesta básica, tendo o valor da cesta representado 50,06% do salário mínimo líquido (R$ 724,96), ou seja, após os descontos da Previdência Social.
Fonte: Dieese
07/10/2015