Indicada para assumir o departamento, a vice-presidente do SindFilantrópicas Clátia Regina Vieira diz que pretende dialogar com as mulheres de todos os sindicatos do segmento.
O anúncio aconteceu durante o 7º Encontro da Federação Nacional dos Trabalhadores em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas (Fenatibref) que, realizado em Gramado (RS), nos dias 30 e 31 de outubro, reelegeu a diretoria presidida por Geraldo Gonçalves de Oliveira Filho.
Ao anunciar a criação da Diretora da Mulher, cuja representante será a vice-presidente do SindFilantrópicas, Clátia Regina Vieira, Gonçalves falou sobre a grande admiração pela sindicalista, sua militância e história de vida, concluindo: “A Clátia fala bem da questão de gênero e vai fazer essa representação com muita competência”.
A opinião de Gonçalves é compartilhada pelo presidente da Contratuh, Moacyr Tesch. “A evolução que a Clátia teve foi monstruosa. Antes, ela fazia briga por amor, por ser guerreira. Ela não abandonou a militância, mas hoje já tem um embasamento político mais adequado”, conclui, acrescentando: “A escolha foi certa. É pessoa que vai efetivamente fazer a diferença”.
Uma mulher para tratar da política da mulher
Vice-presidente do SindFilantrópicas e Conselheira do CNAS, Clátia já tem planos para a Diretoria da Mulher da Fenatibref.
Surpresa com a criação da nova Diretoria e com a indicação de seu nome, a Diretora da Mulher da Fenatibref, Clátia Regina Vieira se diz muito feliz. “Espero corresponder à altura. Acho extremamente importante que o Movimento Sindical tenha, de fato, um espaço político para discutir a política sindical das mulheres. É uma luta antiga de militantes do movimento. Tenho consciência de não estar representando apenas o Rio de Janeiro, mas todos os 11 sindicatos que compõem a base da federação”, esclarece.
Conselheira do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), cujas atribuições foram por ela apresentadas no encontro da Fenatibref, Clátia destaca a importância de ter uma mulher para tratar da política da mulher. “Temos algumas questões que pretendo me dedicar como a licença maternidade e o assédio moral, um processo de intimidação que faz com que a mulher fique subordinada”, salienta.
Na visão da diretora, “o ponto mais alto da criação da Diretoria da Mulher é que, por simetria, outros sindicatos, nos seus estados, terão mais motivos para criar seus departamentos, diretorias ou secretarias; enfim, o que for possível dentro da questão estatutária, de suas realidades”.
“Sou muito grata ao presidente do SindFilantrópicas, Segio Antonio, que é o vice-presidente da Fenatibref; ao presidente Geraldo Gonçalves e a todos os diretores da federação que pensaram esta diretoria”, diz Clátia Vieira já pensando em ações futuras: “Fazer um plano de ação para submeter à executiva da Federação e dialogar com as mulheres dos outros 10 estados aonde temos os sindicatos”.