Trabalhadores da Santa Casa perdem representação do SindFilantrópicas
A notícia da licitação realizada pela Prefeitura do Rio para a escolha da concessionária que, em agosto, começou a administrar os cemitérios anteriormente geridos pela Santa Casa de Misericórdia, gerou grandes expectativas nos trabalhadores.
Com os salários atrasados, sem direito a benefícios trabalhistas como FGTS, férias e a Previdência Social, entre outros, os trabalhadores lotados naqueles cemitérios perderam, ainda, a representação do Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas, Filantrópicas e Organizações não Governamentais (SindFilantrópicas).
“Há anos lutamos pela defesa dos direitos dos trabalhadores lotados nos cemitérios administrados pela Santa Casa. O que esperamos, agora, é que os novos administradores assumam o passivo trabalhista, ou seja, todos os encargos sociais que deixaram de ser recolhidos pela Santa Casa em benefício dos trabalhadores”, afirma o presidente do SindFilantrópicas, Sergio do Carmo (Serjão).
Crítico ferrenho da medida adotada pela Prefeitura, Serjão acredita que a licitação beneficiará apenas a concessionária ganhadora da licitação. “A situação dos trabalhadores não foi resolvida. A Santa Casa não tem condições de assumir a dívida trabalhista que só vem aumentando”, lamenta ele, orientando aos mesmos que procurem advogados para rever seus direitos ou consigam a sucessão para que os novos administradores assumam também os passivos.
O presidente Sergio do Carmo conclui, informando que o SindFilantrópicas tem acompanhado as audiências no Ministério Público do Trabalho (MPT) na esperança de que a justiça determine a sucessão dos trabalhadores junto à concessionária.