Entre quem ganha Bolsa Família, predisposição ao batente é ainda maior
Apenas 8,6% das pessoas pobres desocupadas, de 14 anos ou mais, dizem não querer
trabalhar. Um terço não procura trabalho porque precisa cuidar dos filhos, de parentes ou
cuidar dos afazeres domésticos. Estes dados foram levantados pela Fundação Perseu Abramo,
ligada ao Partido dos Trabalhadores, dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNADC) de 2017, do IBGE.
Os números desmentem a tese difundida pela direita que o pobre não quer trabalhar. Dentre
os beneficiários do Programa Bolsa Família, a predisposição para o trabalho é ainda maior: apenas 3,5% não trabalham por não desejar, e somente 3,3% não trabalham por se considerarem muito jovens ou idosos.
É considerada pobre a família com renda per capita inferior a meio salário mínimo. No
universo dos não pobres, a proporção dos que não trabalham porque não querem sobe para
14,8%, percentual pouco inferior ao dos que declaram não buscar emprego devido à demanda
por cuidados com filhos, outro parente ou afazeres domésticos (18,8%).
O principal motivo para as pessoas em famílias não pobres para não buscar emprego, citada
por 29,2% dos pesquisados pelo IBGE,é se acharem muito jovens ou muito idosos para o
trabalho. Nas famílias com baixo rendimento esta proporção é de apenas 13,2%.
Fonte: Monitor Mercantil